Título: The Kiss of Deception
Autor(a): Mary E. Pearson
Editora: Darkside Books
Série: Crônicas de Amor e Ódio
Páginas: 406
Idioma: Português
ISBN: 8566636864
Ano: 2016
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SINOPSE: Tudo parecia perfeito, um verdadeiro conto de fadas menos para a protagonista dessa história. Morrighan é um reino imerso em tradições, histórias e deveres, e a Primeira Filha da Casa Real, uma garota de 17 anos chamada Lia, decidiu fugir de um casamento arranjado que supostamente selaria a paz entre dois reinos através de uma aliança política. O jovem príncipe escolhido se vê então obrigado a atravessar o continente para encontrá-la a qualquer custo. Mas essa se torna também a missão de um temido assassino. Quem a encontrará primeiro?Quando se vê refugiada em um pequeno vilarejo distante o lugar perfeito para recomeçar ela procura ser uma pessoa comum, se estabelecendo como garçonete, e escondendo sua vida de realeza. O que Lia não sabe, ao conhecer dois misteriosos rapazes recém-chegados ao vilarejo, é que um deles é o príncipe que fora abandonado e está desesperadamente à sua procura, e o outro, um assassino frio e sedutor enviado para dar um fim à sua breve vida. Lia se encontrará perante traições e segredos que vão desvendar um novo mundo ao seu redor.O romance de Mary E. Pearson evoca culturas do nosso mundo e as transpõe para a história de forma magnífica. Através de uma escrita apaixonante e uma convincente narrativa, o primeiro volume das Crônicas de Amor e Ódio é capaz de mudar a nossa concepção entre o bem e o mal e nos fazer repensar todos os estereótipos aos quais estamos condicionados. É um livro sobre a importância da autodescoberta, do amor, e como ele pode nos enganar. Às vezes, nossas mais belas lembranças são histórias distorcidas pelo tempo.
O livro é fantasia? Não! O livro é distopia? Não? O livro é romance? Mais ou menos! Afinal, o que é esse livro?
Ouvi falar tanto desse livro no exterior, e depois tanto quando foi lançado pela editora aqui no Brasil que eu pensei: por que não? Fui correndo comprar. E minha decepção não podia ser maior!
O livro não tem fantasia porque todo o cenário e tudo descrito não tem nada que não exista no nosso mundo e aos nossos olhos. Porém, tente pensar em um cenário de 1800 + uma noiva em fuga. O livro é isso! Nada do que você não tenha visto antes.
O que causou o alarde foi a capa? Talvez, porque ela é maravilhosa, mas um pouco mentirosa porque te faz crer que é um triângulo amoroso e não é!
A mocinha foge do reino dela porque não quer casar com um príncipe que não conhece. Chegando numa cidadezinha bem bonitinha e tranquila, ela acaba trabalhando numa taverna como garçonete. Dias mais tarde, quem aparece? O príncipe (mas a princesa Arabella/Lia não sabe como ele é fisicamente) e ele passa despercebido. Além dele, o assassino designado para matar Lia também aparece. Até aí tudo nos faz crer em um triângulo amoroso, mas a Lia deixa bem claro logo no começo quem ela quer. Ou seja, nada de triângulo amoroso pra você, meu amigo.
Poréeeeeeeem, a parte que me deixou mais enraivecida com a história, foi essa. A autora não deixa claro quem é o assassino e quem é o príncipe. Por que raios a autora esconde isso? Pra NADA. Só pra te deixar "curioso".
Além disso, o livro vira um clichê danado quando é descrito as personalidades dos dois meninos misteriosos, que não passa de 'o mocinho e o bad boy'. Não saber a identidade de quem é o príncipe e assassino não agrega absolutamente nada à história. O que me faz pensar que a autora te fez de bobo o livro inteiro. E para ajudar, o livro termina em cliff. Sim, acaba numa cena tensa que linka à uma continuação.
O livro não é muito romântico. Ele conta muito o dia a dia e os afazeres de Lia e quase nada de romance em si. O livro também não é explícito quanto à sexualidade e ao sexo. Achei tudo muito morno e sem paixão.
A autora não deixou claro quais são as políticas do Reino de nascença de Lia, na verdade, do Reino de ninguém. Também não deixa claro o motivo da guerra, quais os encalços políticos. Isso deveria ser muito bem explicado para que entendêssemos o porque de tudo que está acontecendo.
Enfim, dei duas estrelas porque a escrita da Mary não é ruim. Pelo contrário, é muito boa e detalhada sobre a paisagem. Mas faltou originalidade. E isso pra mim é crucial.
Eu queria muito que alguém que deu 5 estrelas para esse livro me
explicasse a fascinação por ele. Quem me conhece no mundo da literatura
sabe que dou valor à novas histórias, coisas que ninguém pensou em
escrever antes. Cansei de mais do mesmo. Eu quero história nova. Quero
um mundo novo. Quero personagens fascinantes e que não saiam da minha
cabeça. Quero ressaca literária.
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