Título: A Lista Negra
Autor(a): Jennifer Brown
Editora: Gutenberg
Páginas: 270
Idioma: Português
ISBN: 8565383113
Ano de Lançamento: 2012
Classificação: ♥♥♥♥♥
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SINOPSE: E se você desejasse a morte de uma pessoa e isso acontecesse? E se o assassino fosse alguém que você ama? O namorado de Valerie Leftman, Nick Levil, abriu fogo contra vários alunos na cantina da escola em que estudavam. Atingida ao tentar detê-lo, Valerie também acaba salvando a vida de uma colega que a maltratava, mas é responsabilizada pela tragédia por causa da lista que ajudou a criar. A lista com o nome dos estudantes que praticavam bullying contra os dois. A lista que ele usou para escolher seus alvos. Agora, ainda se recuperando do ferimento e do trauma, Val é forçada a enfrentar uma dura realidade ao voltar para a escola para terminar o Ensino Médio. Assombrada pela lembrança do namorado, que ainda ama, passando por problemas de relacionamento com a família, com os ex-amigos e a garota a quem salvou, Val deve enfrentar seus fantasmas e encontrar seu papel nessa história em que todos são, ao mesmo tempo, responsáveis e vítimas. A lista negra, de Jennifer Brown, é um romance instigante, que toca o leitor; leitura obrigatória, profunda e comovente. Um livro sobre bullying praticado dentro das escolas que provoca reflexões sobre as atitudes, responsabilidades e, principalmente, sobre o comportamento humano. Enfim, uma bela história sobre autoconhecimento e o perdão.
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“As pessoas fazem isso o tempo todo - acham que "sabem" o que está se passando na cabeça de alguém. Isso é impossível. É um erro achar isso. Um erro muito grande. Um erro que, se você não tiver cuidado, pode arruinar sua vida." - página 25
Este sonho em forma de livro, foi mais uma indicação da Anne, e com certeza vai pra minha lista de mais amados. Eu sinto uma certa dificuldade em escrever esta resenha porque é tanto amor pelo livro. Mas vamos lá:
Em A lista Negra, conhecemos Valerie Leftman, uma adolescente que estuda no Colégio Garvin. Ela é namorada de Nick Level, e ambos são vítimas constantes de bullying e sofrem com os maus tratos dos seus colegas. Cansados de tanta injustiça, Val cria uma lista com o nome de todas as pessoas que de alguma maneira fizeram mal à ela ou Nick, a lista negra.
Mas se para Valerie, a lista era apenas uma ‘válvula de escape’, para Nick significa algo mais. Como uma maneira de revidar sobre tudo aquilo que sofreu, Nick Level, no dia 02 de Maio decidi atirar em vários alunos na Praça de Alimentação do Colégio. Ele age como um caçador, buscando todas as pessoas que estão na lista negra. Valeria que até então não sabia de nada, não acredita no que está acontecendo, e numa tentativa de impedir Nick de matar sua inimiga, ela se joga na frente dele e é baleada. Logo após isso, Nick aponta a arma para sua cabeça e se mata.
“Era bom fazer parte de um ‘nós’, com [...] os mesmos sentimentos, os mesmos problemas. Mas, agora, a outra metade desse ‘nós’ tinha ido embora, e [...] percebi que não sabia como me tornar eu mesma de novo.”
E é ai que a história começa a ficar dramática, porque mesmo tenho impedido que o atentado se tornasse algo pior, Valeria também é responsabilizada pela tragédia, uma vez que ela é a criadora da lista. É bastante doloroso acompanhar a sua rotina.
Ela fica meses de reclusão em sua casa, para se recuperar e quando assume a tarefa de voltar para o seu último ano na escola Garvin, as coisas ficam pior. Pois mesmo que tenha sido comprovado que ela não teve envolvimento, ninguém parece acreditar na sua inocência, nem meus seus pais - e convenhamos que o pai dela é um $@#%.
“Eu tinha mudado a mamãe. Mudado seu papel de mãe. Seu propósito não era mais tão fácil e claro como tinha sido no dia em que nasci. Seu papel não era mais me proteger do resto do mundo. Agora, seu papel era proteger o resto do mundo de mim. E isso era injusto demais.”
Eu chorei muito à medida em que a agonia que Valeria estava sentindo ia se tornando insuportável. Acho que o BULLYING neste livro foi tratado como uma coisa realmente séria, como realmente deve ser. Em casos extremos, é impressionante o que ele pode causar. O livro mostra as consequências brutais da negligência de apoio. Não se pode negligenciar o que está acontecendo. Todo mundo deveria poder desfrutar do seu direito de autoafirmação, porém às vezes fica difícil quando tudo que você tem ao seu redor são motivos para sucumbir.
"O tempo nunca acaba. Como sempre há tempo para a dor, também sempre há tempo para a cura. É claro que há." – página 179
A história é muito envolvente e intensa. A autora conseguiu captar a minha atenção em todos os momentos. Em certos capítulos tive dificuldade de ler, porque parecia que estava sentindo toda a angústia da Valerie. O drama psicológico e emocional está presente em quase toda a história, mas de uma forma coerente.
O que mais me chamou a atenção foi que a Jennifer conduziu a personagem de Valerie de uma maneira surpreendente, a agonia e a culpa conflituosa que ela sentia era palpável, mas sem deixar a protagonista chata e chorona.
A narrativa é contada em 1º pessoa mesclando passado e presente, divido em 4 partes e a maioria dos capítulos contém manchetes do jornal Tribuna de Garvin (fictício), seja de informações policiais, ou testemunhos dos sobreviventes, contando sua versão sobre o atentado.
Eu vou parar de escrever, senão os SPOILERS vão começar, o livro é BRILHANTE, e eu recomendo à todos a leitura.
“Sabemos que podemos mudar a realidade. É difícil, e a maioria das pessoas nem tenta fazer isso, mas é possível. Você pode mudar a realidade do ódio ao se abrir para uma amiga. Ao salvar uma inimiga. (…) Contudo, é preciso ter vontade de ouvir e de aprender para mudar a realidade. Principalmente ouvir. Ouvir de verdade.” – página 263
Adorei sua resenha, sempre tive vontade de ler esse livro, varias pessoas já me indicaram agora quero ler logo hahahahha só me falta achar uma promoção dele para que eu possa comprar
ResponderExcluirbiaaaa! o livro q vc me deu de presente na bienal! e ainda não li acredita! morrendo de vontade de tirar ele da estante agora depois da resenha!!! rs
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