Autor: Joe Hill
Editora: Arqueiro
Páginas: 592
Idioma: Português
ISBN: 8580417139
Ano de Lançamento: 2017
Livro cedido em parceria pela Editora
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SINOPSE: Ninguém sabe exatamente como nem onde começou. Uma pandemia global de combustão espontânea está se espalhando como rastilho de pólvora, e nenhuma pessoa está a salvo. Todos os infectados apresentam marcas pretas e douradas na pele e a qualquer momento podem irromper em chamas. Nos Estados Unidos, uma cidade após outra cai em desgraça. O país está praticamente em ruínas, as autoridades parecem tão atônitas e confusas quanto a população e nada é capaz de controlar o surto. O caos leva ao surgimento dos impiedosos esquadrões de cremação, patrulhas autodesignadas que saem às ruas e florestas para exterminar qualquer um que acreditem ser portador do vírus. Em meio a esse filme de terror, a enfermeira Harper Grayson é abandonada pelo marido quando começa a apresentar os sintomas da doença e precisa fazer de tudo para proteger a si mesma e ao filho que espera. Agora, a única pessoa que poderá salvá-la é o Bombeiro – um misterioso estranho capaz de controlar as chamas e que caminha pelas ruas de New Hampshire como um anjo da vingança. Do aclamado autor de A estrada da noite, este livro é um retrato indelével de um mundo em colapso, uma análise sobre o efeito imprevisível do medo e as escolhas desesperadas que somos capazes de fazer para sobreviver.
Para uma fanática dos livros Stephen King, posso dizer que Joe Hill conseguiu explorar todas as barreiras do terror neste livro. Parece existir uma conexão, principalmente com a ‘Torre Negra’ (história apocalíptica do King), entre as histórias e o universo em que elas são contadas que nos leva a um nível acima da leitura. Somente a lista de autores listados como inspiração dá uma prévia do que devemos esperar da obra. Para vocês que são como eu, APAIXONADOS por livros de terror, vão reconhecer várias influências implícitas e não implícitas de outras histórias na obra de Joe Hill e por isso antecipadamente eu digo que é um dos melhores livros que li em 2017.
Em Mestre das Chamas conhecemos Harper Grayson, uma enfermeira infantil apaixonada pela profissão e por Mary Poppins, que aos poucos vê o mundo desmoronar por um novo vírus: Draco Incendeia Trycophyton, ou popularmente conhecida como Escama do Dragão, um vírus que contamina as pessoas causando manchas pretas tribais pelo corpo, e termina com o portador entrando em combustão espontânea. Ninguém conhece sua origem, forma de contaminação ou cura, e à medida que os casos de infectados aumentam, o caos começa a se instaurar pelo mundo.
A escama de dragão era a bala, mas o dedo que puxava o gatilho era o medo.
Ou seja, ao contrário de outros vírus onde você pode se isolar com a esperança de não ser contaminado, com a Escama do Dragão ou você pode morrer em um dos milhões de incêndios causados pelas combustões espontâneas ou você é infectado através das cinzas. Cidades inteiras são dizimadas por chamas, e as pessoas tomadas por puro pânico criam patrulhas armadas para caçar e exterminar os infectados.
Os responsáveis por tomar as decisões sempre conseguem justificar atos terríveis em nome do bem maior. Um massacre aqui, uma pequena tortura ali. Torna-se moral fazer coisas que seria imorais se fossem atos de um indivíduo normal.
E é neste momento que Harpey descobre estar grávida e infectada pelo vírus. E então o personagem mais detestável (e olha que tem vários), Jakob – marido da Harpey a abandona, deixando-a sozinha e desesperada pela sobrevivência de seu filho. Ela começa uma jornada atrás de sua última esperança: o enigmático Bombeiro, um homem que aprendeu a controlar a essência do esporo, e consegue usá-lo a seu favor, seja projetando fogo em partes do corpo, ou criando distrações para ajudar pessoas contaminadas. Seu nome: Jhon Rockwood.
Para muita gente, a ideia de ser afastado de quem se ama assusta mais do que a doença. Ninguém quer morrer sozinho.
Jhon a leva para um acampamento de refugiados, onde todos descobriram uma maneira de controlar a combustão: vivendo em plena harmonia. Mas nem tudo é o que parece.
Como uma narrativa em terceira pessoa, o autor nos mostra que a ignorância é o principal motivo do caos que surge no mundo, que parece ter duas infecções fora de controle: o vírus e o pânico. Parece que somos colocados no centro de toda as tensões que vão aumentando a cada dia. Ele explora de uma maneira bem construída a fragilidade e perversão de uma sociedade onde quase não há mais esperança, onde a sobrevivência faz as pessoas perderem gradativamente a sua humanidade. No final, a crueldade humana, que é o homem liberto das ‘regras’ impostas pela sociedade e guiado sobre pelo instinto de sobrevivência é mais mortal que o próprio vírus. A conclusão da história é perturbadora, mas de uma maneira realmente realista.
Como uma narrativa em terceira pessoa, o autor nos mostra que a ignorância é o principal motivo do caos que surge no mundo, que parece ter duas infecções fora de controle: o vírus e o pânico. Parece que somos colocados no centro de toda as tensões que vão aumentando a cada dia. Ele explora de uma maneira bem construída a fragilidade e perversão de uma sociedade onde quase não há mais esperança, onde a sobrevivência faz as pessoas perderem gradativamente a sua humanidade. No final, a crueldade humana, que é o homem liberto das ‘regras’ impostas pela sociedade e guiado sobre pelo instinto de sobrevivência é mais mortal que o próprio vírus. A conclusão da história é perturbadora, mas de uma maneira realmente realista.
Algumas crenças acreditam que uma vez que o mundo já acabou em água, agora seria a vez do fogo. Existem dezenas de teorias absurdas que ganham cada vez mais adeptos ao longo dos anos. Portanto fica a seu critério acreditar ou não que um dia algo parecido possa acontecer.
Mesmo que você não seja enlouquecido por este gênero, saia da sua zona literária que você não vai se arrepender, o livro ainda será uma história sombria de caos e violência sobre o fim da humanidade (em vários sentidos). Eu fiquei com um gostinho de quero mais, espero que vocês também!
Às vezes eu penso que, com metade do mundo em chamas, com tanta morte, tanta dor, cantar e sentir-se bem é um tipo especial de pecado. Mas aí penso, ué, mesmo antes da Escama de Dragão a maioria das vidas humanas era injusta, brutal, cheia de perda, tristeza e confusão. A maioria das vidas humanas era e é curta demais.
Olá Bia, como vai?
ResponderExcluirEu gostei bastante da sua resenha pois foi bastante sincera e forte e gosto disto. Ler livros de terror normalmente não são meu ponto forte, mas fiquei com vontade de ler este. Livros realistas mesmo em ficções me deixam com um sabor de realidade que eu amo.
Adorei o post.
Beijos.
Fantástica Ficção
Não sou simpatizante dos livros de terror, mas a sua resrnha me deixou altamente curiosa sobre esse livro. Além do terror existe o mistério e a desesperada busca peka sobrevivência. Vou anotar para amadurecer a ideia. Fotos originais de acordo com o tema. Parabéns!
ResponderExcluirDanuzaeoslivros
Eu não leio muito terror não, mas curto me aventurar fora da zona de conforto sim!
ResponderExcluirAdorei a dica e acredito que vou gostar da leitura!
osenhordoslivrosblog.wordpress.com
Olá!!
ResponderExcluirEu nunca li nada do Joe Hill, mas tenho imensa vontade e curiosidade e acho que pelo King também rs. Que sou muito fã!!!
Gostei de saber a premissa desse, seria algo que eu iria gostar de ler com certeza.
Bom, eu não acredito muito nas teorias do fim do mundo, mas minha mãe sim rs.
Anotei essa dica e quem sabe não começo a ler algo do autor por aqui.
bjs
Fê
http://www.condutaliteraria.com/
Olá, eu não gosto de nada que tenha relação com terror pois morro de medo, mas eu gostei da sua resenha. Mais com certeza irei indicar esse livro para um amigo que gosta de terror
ResponderExcluirOiii
ResponderExcluirAmei essa resenha, gosto muito de livros com essa premissa. Eu amo livros de terro é esse já vai entrar pra minha lista.
Bjs
Ei! Tudo bem?
ResponderExcluirQuando li pela primeira vez sobre esse livro, não fiquei muito empolgada com a história, na verdade, fiquei completamente desinteressada. Entretanto, depois dessa sua resenha incrível, fiquei empolgada demais. Não consegui ver muito terror no livro, mas sim o foco no suspense, isso me fez gostar ainda mais. Espero conseguir dar uma chance em breve e espero gostar assim como você! Parabéns pela resenha!
Beijos!
P.S.: Suas fotos ficaram INCRÍVEIS!
http://www.as365coresdouniverso.com.br/
Olá.
ResponderExcluirJoe Hill tem uma capacidade pra criar personagens detestáveis, hein? HAHA Eu fiz uma tentativa com o autor, mas abandonei o livro (não é esse) porque ele não estava rendendo, eu demorava o dobro do que demoro para ler e isso me incomodou.
Eu quero ler muito esse livro, dar uma segunda chance para o autor, e sua resenha me passou a impressão de ser um livro muito bom.
Eu amo o gênero, estou começando agora e quero me aprofundar mais.
Beijos
Amor Literário