#RESENHA - #1 Um Caso Perdido por Colleen Hoover

Título: #1 Talvez um Dia
Autora: Colleen Hoover
Série: Hopeless
Editora: Galera Record
Páginas: 384
Idioma: Português
ISBN: 8501050318
Ano de Lançamento: 2014


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SINOPSE: Às vezes, descobrir a verdade pode te deixar com menos esperança do que acreditar em mentiras...
Em seu último ano de escola, Sky conhece Dean Holder, um rapaz com uma reputação capaz de rivalizar com a dela. Em um único encontro, ele conseguiu amedrontá-la e cativá-la. E algo nele faz com que memórias de seu passado conturbado comecem a voltar, mesmo depois de todo o trabalho que teve para enterrá-las. Mas o misterioso Holder também tem sua parcela de segredos e quando eles são revelados, a vida de Sky muda drasticamente.

Um Caso Perdido vai contar a história de Sky, uma menina de 17 anos que passou a vida toda longe de tecnologias. A mãe adotiva dela é daquelas pessoas que insiste em ficar longe disso, o que não é um problema pra Sky. Ela sempre foi educada em casa, desde que foi adotada aos 5 anos mas esse ano ela quer ter a experiência do ensino médio e ela é matriculada na escola.

Sky conhece Holder, acusado de ter cometido um crime de ódio. Já Sky é vítima de bullying quando os adolescentes começam a chamá-la de todo tipo de nome por ela ter ficado com vários meninos, apesar de não ter "finalizado" as coisas com nenhum. 

- Por que não se defende dos boatos se eles não são verdadeiros?
Ele vira a cabeça para mim em cima do travesseiro.
- Por que você não faz isso?

Eles começam a se conhecer melhor e a se sentirem muito próximos quando Holder começa a mostrar alguns sinais de mudanças drásticas de humor, o que deixa Sky meio perdida. A primeira parte do livro (aka 75% /plot twist), são cenas em que os dois vão se conhecendo e consequentemente se apaixonando. A gente começa a perceber também que Sky tem alguns problemas, principalmente por não conseguir se lembrar de nada até seus 5 anos. Até aí a narrativa é bem arrastada, mas não é ruim. Mas também não é maravilhosa. Kkkkkkkk.

O problema acontece quando as memórias de uma Sky bem novinha começam a aparecer. Achei muito forçado e irreal demais, tanto Sky quanto Holder. É impossível narrar com tanto detalhe memórias de uma criança tão nova, seus sentimentos, as frases que foram usadas, a perspicácias dos personagens tão novos não faz sentido algum. Foram coisas muito maduras para mentes tão jovens. 

Havia algo tão perturbador na maneira como ele olhou para mim. Aquilo conseguiu me deixar constrangida, envergonhada e lisonjeada ao mesmo tempo. Não estou acostumada a sentir essas coisas de jeito algum, muito menos todas elas de uma só vez.

Quando o plot twist acontece, é desgraça após desgraça, e achei forçado demais. Eu gosto de drama, mas quando ela é verossímil. E a partir daí a coisa começou a ficar sexual demais e me senti muito incomodada com o rumo que a história estava tomando.

Talvez se tudo fosse ambientado em uma idade mais avançada, na faculdade ou até um pouco depois e o passado também fosse mais tardio e os diálogos e pensamentos mais reais, as coisas poderiam se encaixar perfeitamente. 

Meu primeiro contato com a autora foi com O Lado Feio do Amor e não consegui passar da metade do livro, larguei. Depois li Talvez um Dia e adorei (os personagens são verdadeiros, gente como a gente, erra, tenta consertar), eu quis dar uma chance para mais livros dela. Não sei se lerei Sem Esperança, porque me cansei da história forçada do casal. Quem sabe mais pra frente.

Não vou ficar desejando uma vida perfeita. As coisas que nos derrubam na vida são testes, e esses testes nos forçam a escolher entre desistir, ficar caída no chão ou sacudir a poeira e se levantar com ainda mais firmeza que antes. Estou escolhendo me levantar com mais firmeza. Provavelmente vou ser derrubada mais algumas vezes antes da vida se cansar de mim, mas garanto que nunca vou ficar caída no chão.