Autor: Liane Moriaty
Editora: Intrínseca
Páginas: 319
Idioma: Português
ISBN: 8592795060
Ano de Lançamento: 2017
Skoob || Goodreads
Compre aqui: Submarino | Amazon
SINOPSE: Amigas de infância, Erika e Clementine não poderiam ser mais diferentes. Erika é obsessivo-compulsiva. Ela e o marido são contadores e não têm filhos. Já a completamente desorganizada Clementine é violoncelista, casada e mãe de duas adoráveis meninas. Certo dia, as duas famílias são inesperadamente convidadas para um churrasco de domingo na casa dos vizinhos de Erika, que são ricos e extravagantes.
Durante o que deveria ser uma tarde comum, com bebidas, comidas e uma animada conversa, um acontecimento assustador vai afetar profundamente a vida de todos, forçando-os a examinar de perto suas escolhas - não daquele dia, mas da vida inteira.
Em Até Que a Culpa Nos Separe, Liane Moriarty mostra como a culpa é capaz de expor as fragilidades que existem mesmo nos relacionamentos estáveis, como as palavras podem ser mais poderosas que as ações e como dificilmente percebemos, antes que seja tarde demais, que nossa vida comum era, na realidade, extraordinária.
Até que a Culpa nos Separe é narrado em terceira pessoa e vai girar em torno de três casais e em um acontecimento terrível em um churrasco. A narrativa vai intercalando o presente e o passado (dia do churrasco).
Percebemos que o episódio no churrasco afeta a vida destes casais em proporções épicas. É impossível não ficar curioso com o que diabos aconteceu no maldito churrasco. Mas por mais que haja essa curiosidade, não tem como negar que a escrita da Liane é tão boa que por vezes a gente esquece dessa nuvem pairando na cabeça de todos e se joga na leitura.
Como podiam se resolver? Como um casal conseguiria superar algo assim, quando não havia nenhuma possibilidade de acordo, quando alguém tinha que ceder? O que aconteceria se ninguém cedesse?
Liane tem uma escrita única e uma forma peculiar de mostrar os problemas de casais mais maduros. Desta vez somos apresentados ao Transtorno Obsessivo Compulsivo, Acumulação, Dificuldade de Engravidar, Amizade egoísta, entre outros problemas que são realidade - os problemas entre os casais são tão concretos que chega a incomodar.
Talvez Erika fosse sua nota lobo. Talvez algo sutil porém essencial tivesse faltado na vida de Clementine sem ela: certa riqueza, certa profundidade.
Na minha opinião, toda a história foi muito bem montada, com exceção, infelizmente, do ponto central: o acontecimento do churrasco. Eu imaginei algo muito mais complexo, com garras profundas. Por mais que tenha sido algo sério, eu esperava mais.
O problema de conhecer a escrita da Liane é isso - a gente espera muito dela. Eu sei que ela tem muito mais capacidade do que demonstrou em Até que a Culpa nos Separe. Sei que ela consegue enganar o leitor e brincar com a nossa cabeça, fazendo com que a experiência da leitura seja única e impensável. Lamentavelmente eu não senti isso nesse livro. Ainda continuo achando Pequenas Grandes Mentiras muito melhor. Desculpa, mas não tem como não comparar os livros. Inclusive, PGM tem série baseada do livro e é muito preciso. Ficou sensacional!
Apesar de ter me decepcionado um pouco com o livro, ainda confio muito na escrita da autora e mal posso esperar que mais livros dela sejam publicados aqui no Brasil. Tá ouvindo Intrínseca? Arrasem, viu!
Conheça mais livros da Liane: O Segredo do meu Marido e Pequenas Grandes Mentiras.
Nenhum comentário :
Postar um comentário