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26 de fevereiro de 2018

#RESENHA - Até o Fim do Mundo por Tommy Wallach

Título: Até o Fim do Mundo
Autor: Tommy Wallach
Editora: Verus
Páginas: 312
Idioma: Português
ISBN: 9788576864929
Ano de Lançamento: 2016

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SINOPSE: Antes do asteroide, eles eram definidos por rótulos: o atleta, a excluída, o vagabundo, a perfeitinha. Mas então tudo mudou. Agora eles têm dois meses para encontrar um significado. Dois meses para realmente viver. Dizem que o colégio é a melhor época da vida. Peter, a estrela do time de basquete, está preocupado que essa afirmação possa ser verdadeira. Enquanto isso, Eliza não vê a hora de escapar de Seattle, e da reputação que a persegue; e a perfeita — ao menos no papel — Anita se pergunta se a admissão em uma das melhores universidades do país vale realmente o preço de abandonar seus sonhos. Andy, por sua vez, não entende todo o rebuliço em relação à faculdade e carreira — o futuro pode esperar.
Será? Porque parece que o futuro está prestes a se chocar com a Terra, vindo do espaço, com o potencial de acabar com a vida no planeta. Enquanto esses quatro estudantes do último ano aguardam — assim como o restante do mundo — para saber quais serão os estragos do asteroide, devem abandonar todos os pensamentos sobre o futuro e decidir como passar o que resta do presente. Neste livro esperto e envolvente, quatro adolescentes arriscam seus sonhos, seu coração e sua humanidade para ir em busca daquilo que realmente vale a pena.

Seja lá o que for, não vale a pena.
Até o Fim do Mundo é uma história narrada pelo ponto de vista de quatro adolescentes que estudam na mesma escola em Seattle: Peter, Andy, Eliza e Anita. No começo o livro parece ser mais um jovem adulto contemporâneo cheio de chicles e estereótipos pré-definidos, porém todos os personagens são bem mais complexos.
Peter é o atleta popular, a estrela do time de basquete, que namora a garota mais linda da escola. Porém, ele continua lutando e questionando todas as escolhas que o levaram a se tornar o garoto perfeito. Do mesmo modo temos Anita, que parece viver em um comercial de margarina, com a vida perfeita e já aceita na faculdade antecipadamente, contudo, nem tudo é como parece: sua vida é feita de regras e pais que não a deixam respirar. Em paralelo temos Andy, o famoso bad-boy que está sempre envolvido em algum problema ou confusão, que vive na sala da conselheira juvenil e já não se preocupa com o seu futuro pois acredita não ser melhor ou mais promissor que o presente se o seus pais próprios pais desistiram dele. Já Eliza que não vê a hora de sair de Seattle e dar adeus a todo o caos e a fama de vadia que o ensino médio trouxe à sua vida.

A vida de todos e dos nossos protagonistas começam a mudar quando o asteroide Ardor aparece, e mesmo que inicialmente ele não ofereça nenhuma ameaça para o nosso planeta, após um discurso do presidente as coisas mudam. Aparentemente as chances de todos morrerem com o asteroide são maiores do que se imagina, pra ser exata: 66,6%. E eles tem menos de 2 meses até o asteroide acabar com tudo.

A história em sim tem um enredo bem interessante: o que você faria se tivesse menos de 2 meses de vida?

Como o livro tem quatro protagonistas diferentes e é narrada em terceira pessoa, cada personagem tem seu capítulo separado narrando seu ponto de vista e deste jeito conseguimos nos envolver emocionalmente com todos. Pois são todos jovens se descobrindo e repensando toda a sua vida e escolhas baseado na premissa que não haveria mais o ‘amanhã’. E isso tudo enquanto a sociedade vai entrando em colapso aos poucos.

Ao longo da história, a vida dos nossos protagonistas sem cruzam e juntos eles descobrem o poder da verdadeira amizade e novas descobertas. Eles erram, se apaixonam, curtem tudo enquanto esperam pelo fim.

Se engana quem pensa que seria apenas um livro sobre o fim do mundo - não! E isso me frustou um pouco. Imaginei que como a história se passa em Seattle, veríamos algumas situações em larga escala, porém nada disso aconteceu! O livro deixou a desejar em não mostrar os eventos de uma maneira mais macro; parecia que tudo girava em torno de uma gangue, e sim eles fazem muito estrago, mas ainda assim, pareceu muito pequeno em relação ao que poderia ser desenvolvido.
O segredo era fazer de tudo para não sobrar tempo para pensar.
Outra coisa que pareceu difícil de aceitar, foi que o autor ao longo da história, ainda tenta fazer com que Peter seja o garoto perfeito, mesmo com todos os erros, mancadas e algumas ações bem babacas (mesmo sendo com boas intenções). Outra coisa é a Eliza que parece perdoar o mundo só porque agora conquista seu grande amor. Ela até mesmo esquece do pai que está morrendo! E Andy que parece só querer transar antes do mundo acabar (isso é até que engraçado).

Eu esperava muito mais do livro e odeio falar que a leitura é desperdiçada, sempre tento achar um bom ensinamento de cada livro e consegui. Até o Fim do Mundo é um livro que me fez refletir sobre como todos morreremos um dia, com asteroide ou sem asteroide - o fim é igual para todos. Temos que aproveitar e valorizar as pequenas coisas, e pensar em como vamos viver nossas vidas antes de ela acabar.

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